
Os altos índices de mortalidade e morbidade de bezerros observados nas propriedades rurais do Brasil nas primeiras semanas de vida resultam em grandes prejuízos não só aos criadores, mas para toda a cadeia produtiva da pecuária, afinal estima-se que cerca de 9 a 12% dos bezerros morrem antes da desmama e ainda que quase 40 a 60% deles são acometidos por doenças ou lesões capazes de deixar sequelas que reduzem o desenvolvimento desses animais até mesmo na fase adulta.
Dentre as principais causas de morte e morbidade de bezerros recém nascidos destacadas pelos colaboradores das fazendas estão a diarreia, pneumonia, tristeza, fraqueza, ataque de predadores (cobra, onça e urubu), fratura e a maioria, infelizmente, ainda é reportada como desconhecida, o que faz com que os gestores muitas vezes não saibam como proceder.
É preciso destacar que além de uma questão econômica, a mortalidade e morbidade dos bezerros é uma questão ética, afinal a maioria das causas poderiam ser evitadas se o bem-estar dos animais fosse melhor entendido e as ações para melhorá-lo fossem aplicadas.
Diante do exposto, há uma necessidade eminente de se reduzir as perdas causadas logo no início da cadeia produtiva da pecuária, ou seja, na cria, e a forma mais efetiva de realiza-la é a partir da disseminação de conhecimento e com a formação de materneiros comprometidos com o bem-estar dos animais.
